04 junho 2007

Definitivo e opcional!

"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

02 junho 2007

Lute pelo nosso Amor!

Há muito vejo que as pessoas sofrem por amor e, as vezes, até me questionei sobre os motivos mas nunca me aprofundei na questão. E hoje, que vivo essa situação, coloquei em prática este exercício mas que ainda não me trouxe respostas lógicas, ou pelo menos não claras.
Me refiro a dificuldade que se tem de sobrepor o Amor as coisas menores que rodeiam e que ficam em nossa cabeça crescendo e tomando proporções irreais. A claridade com que as coisas devem acontecer dependem unicamente de nós, através de nossos atos, comportamentos, palavras, maneira de pensar ou agir. Isso se faz quando temos uma razão do porque, só isso. E qual é a razão em questão? A minha é o Amor! Ele me fez entender coisas que não entendia, que para eu era uma questão de sim ou não e ponto final. Mas não... essa minha ignorância me faz viver um momento muito difícil, entre aquilo que sempre desejei e lutei por, e aquilo que está se tomando rumo, que não é nada daquilo que esperava. E por que? É, sempre tem porque na história para novamente alterar o sentido do pensamento, pois ele (o pensamento) muitas vezes é naquilo que queremos, mas não é aquilo que é efetivamente acontece.
Apresentar e reconhecer suas dificuldades não é fácil, mas quando se tem uma razão para tal, tudo se mostra mais simples. E isso me fez lutar por você, sempre! Independente do lado que a razão estava, ou se a emoção era mais forte... Esses últimos 30 dias foram uns dos piores da minha vida, com uma perda irrecuperável de minha avó, com a eminente perda que terei de você. Talvez isso soe como uma fraqueza e como se tudo estivesse perdido. Mas NÃO, não está. E depende de nós levantamos a cabeça, pensar nas coisas boas e superar com maturidade a situação. Fugir nunca será uma maneira de resolver situações, isso sim é sinal de fraqueza.
Lute pela sua felicidade, lute pelo bem, lute pelo amor que você tem!!!

Te amo!