Observar e tentar entender o que acontece ao seu redor faz bem a você? Pois essa é uma questão que venho fazendo-me nos últimos tempos. Esse questionamento surge em vários lugares e de motivos que me parecem lógicos, porém não tão lógicos aos olhares do outro.
Nesta segunda, no caminho para casa, observando as centenas de milímetros de água que desabava sobre a cidade, presenciei uma situação de dar raiva num primeiro momento, mas que depois me deixei pensar e entender o outro lado. O ônibus que ia para casa estava cheio e uma moça negra, de aproximadamente 30 anos, sentada numa poltrona reservada para idosos (se pelo fato de não haver pessoas nessas condições o uso seria livre, bem como dizia uma placa) pois havia uma senhora com seus cabelos brancos e em pé. Essa minha raiva começou a ser demonstrada quando observei que a moça não levantou e ainda fez que estava dormindo, quando observou que a senhora estava ao lado e em pé.
Meu ato foi de encarar até que ela observasse minha indignação e foi isso que consegui. Desde este momento ela sentiu-se incomodada, não olhando mais para eu e sim para a rua. Só não fui até lá por dois motivos: o primeiro porque já havia passado a roleta e o segundo, porque me privei de ajudar alguém para tentar entender o que faz uma pessoa agir desta forma. E lhe garanto que o ócio de pensar não me dominou durante boa parte da viagem sem encontrar um porque, até que hoje fiz uma comparação. Essa comparação diz que um povo que olha para seus únicos interesses, que não procura entender a necessidade do coletivo, daquele que mais precisa, que o que importa é o arroz e o cimento estarem mais barato, e não o que uma governo corrupto, negligente a sua saúde e educação, que a cada dia chama você de idiota, fez ou fará para que haja crescimento da economia, que se gere emprego e que não lhe traga um assitencialismo que será falido e incapaz de suprir por muito tempo aquilo que se espera, jamais levantaria a bunda para acolher o próximo.Vejam que valores se têm quando o exemplo é péssimo.
05 dezembro 2006
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